Depoimentos

Irani

Meu nome é Irani Evangelista. Estou em remissão a 5 anos e 3 meses. Depois de um ano afastada de tudo com foco no tratamento, retornei a faculdade, concluir minha graduação. Hoje trabalho na profissão que admito muito e que foi muito importante naquele momento também para o momento na vida que estav...
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2 de fevereiro de 2022

Irani

Meu nome é Irani Evangelista.
Estou em remissão a 5 anos e 3 meses. Depois de um ano afastada de tudo com foco no tratamento, retornei a faculdade, concluir minha graduação. Hoje trabalho na profissão que admito muito e que foi muito importante naquele momento também para o momento na vida que estava passando.
No inicio do diagnóstico foi muito difícil, também deu uma pausa na minha vida toda e acendeu a luz de tantas coisas pequenas, simples que eu já não fazia e o olhar para as coisas mais legais da vida acende-se.
Fui diagnosticada com 37 anos em novembro de 2015 , com câncer de mama .Iniciei o tratamento em fevereiro de 2016.
Graça a Deus, família e profissionais concluir todo tratamento , quimio, cirurgia e radioterapia. Estava em uso do tamoxifeno por 5 anos e foi incluído mais 5 anos.
Autorizou meu depoimento e foto caso precise ser divulgado. Irani Evangelista

2 de fevereiro de 2022

Ivna Maluly

Eu estava de férias no Brasil em janeiro de 2009 quando eu descobri o câncer de mama no seio direito. Tinha dores no seio e senti como ele estivesse com febre, bem quente. Fui fazer uma mamografia e uma ultrassonografia para tirar duvidas sobre a dor quando a radiologista me encaminhou para fazer um...
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15 de outubro de 2018

Ivna Maluly

Eu estava de férias no Brasil em janeiro de 2009 quando eu descobri o câncer de mama no seio direito. Tinha dores no seio e senti como ele estivesse com febre, bem quente. Fui fazer uma mamografia e uma ultrassonografia para tirar duvidas sobre a dor quando a radiologista me encaminhou para fazer umas biopsia de urgência.

A partir de deste dia, fui operada por ter diagnosticado três nódulos pequenos mas com câncer agressivo. Como morava na Bélgica, operei no Brasil e depois fui encaminhada para Bruxelas para poder fazer a quimioterapia que duraria um ano e meio.

Foi um momento complicado porque eu tinha um filho pequeno que precisava entender o que estava acontecendo. Expliquei a ele tudo e ele entendeu, apesar de sentir o momento complicado pelo qual estávamos todos passando. Para poder aliviar a dor da doença, escrevi toda a cronologia, passo a passo incentivada pelo psicoterapeuta da época, um greco-belga muito inteligente e sensível. Fiz varias sessões com ele, tanto de psicoterapia quanto de meditação, respiração entre outras técnicas para aliviar os momentos difíceis.

Eu só tenho a agradecer a tudo e a todos por toda a ajuda, apoio e amor recebido neste tempo que durou o tratamento e depois a reconstrução.

Tudo correu bem, e ainda lancei um livro para crianças, o Cadê seu peito, mamãe? onde eu explico a ausência de um seio para uma criança que foi amamentada até os oito meses. Ajudo muitas mulheres com conselhos na Bélgica e no Brasil.

Atualmente, moro em Lyon e já levei o meu livro que recebeu as versões francesa e inglesa para um hospital daqui que tem um setor de apoio às crianças e adultos.

Se eu tiver que falar com as mulheres que passam por este problema, eu diria para terem fé, acreditar nos médicos, na vida e não ter medo de expor os seus problemas porque quanto mais falamos, mais alívio temos. Deixo um beijo grande a todas as mulheres que estão passando por isso.

15 de outubro de 2018

Iolanda Klaic

31/07/2017 – A FEMAMA conversou com cinco mulheres incríveis, que participaram do vídeo comemorativo de 11 anos da Federação. Uma delas foi a Iolanda Klaic, agente de viagens, que recebeu o diagnóstico de câncer de mama em 2015. Iolanda suspeitou que havia algo errado, enquanto estava em uma v...
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15 de outubro de 2018

Iolanda Klaic

31/07/2017 – A FEMAMA conversou com cinco mulheres incríveis, que participaram do vídeo comemorativo de 11 anos da Federação. Uma delas foi a Iolanda Klaic, agente de viagens, que recebeu o diagnóstico de câncer de mama em 2015.

Iolanda suspeitou que havia algo errado, enquanto estava em uma viagem na Europa, acompanhando um grupo. Na madrugada, acordou no quarto do hotel com uma sensação de queimação na mama. Foi ao banheiro, apalpou o seio e encontrou um nódulo, que nunca tinha percebido. Em seguida, enviou uma mensagem e agendou a consulta com sua médica no Brasil para o retorno da viagem.

Na investigação médica, a mamografia e a ecografia já mostraram a alteração. Depois, foi realizada a biópsia que confirmou o diagnóstico de câncer de mama. A ressonância apontou três tumores de diferentes dimensões. Após a detecção, foi encaminhada para um oncologista, que indicou a quimioterapia neoadjuvante para reduzir o tamanho dos tumores antes de realizar o procedimento cirúrgico. Os tumores diminuíram um pouco de tamanho, mas ainda assim, foi necessária a mastectomia total, já que três setores da mama tinham sido afetados.

Além das transformações físicas, Iolanda enfrentou diversos desafios pessoais. Apesar de se considerar uma pessoa prática e objetiva, reconheceu que o acolhimento da família, dos amigos e dos voluntários do IMAMA foi muito importante. Uma das cenas mais marcantes na época foi quando o irmão dela apareceu de cabelo raspado no mesmo momento em que ela enfrentava a queda das madeixas. Para ajudar na autoestima, uma amiga a levou em uma ONG associada da FEMAMA, onde aprendeu a fazer amarrações nos lenços e escolher uma peruca. Mas Iolanda gostou tanto da iniciativa, que também se tornou voluntária para poder dar a outras pessoas a mesma atenção que recebeu.

A principal mudança que o enfrentamento da doença trouxe para ela foi a forma de encarar a vida: “Comecei a prestar atenção naquilo que realmente tem valor. Até o evento de ter recebido o diagnóstico de câncer, eu dificilmente parava para prestar atenção nos meus amigos, na minha família… Eu, por exemplo, nem notava que estava um sol bonito, que aquela flor tinha florescido. Para mim, aquilo ali não era importante, o importante era eu baixar a cabeça, trabalhar, faturar, essas coisas.”

Iolanda denominou as dificuldades que se sucederam como “sinais para acordar”. Além do tratamento, ela passou por uma crise financeira que quase faliu sua empresa, sua mãe teve graves problemas de saúde, ocorreu o falecimento de uma sobrinha e a separação do marido. Tudo isso transformou profundamente sua forma de ver a vida. Apesar das dificuldades, os amigos verdadeiros e a família se aproximaram ainda mais, fortalecendo laços.

A mensagem que ela deixa para as mulheres que acabaram de descobrir o câncer é seguir em frente. Ela lembra que “o câncer não é um ponto, é uma vírgula”. Acredita que as pessoas se descobrem muito mais fortes do que poderiam imaginar ao passar pela doença. Considera fundamental também que as pessoas aceitem ajuda, seja uma palavra, um abraço, um apoio e até um olhar. Iolanda disse que nos momentos em que não se tem vontade nem de sair de casa esse apoio ajuda muito. O importante é compreender que “tudo passa” e não ficar se perguntando o porquê, apenas passar por isso e aprender, se tiver algum aprendizado. Fala ainda que a espiritualidade, independente da crença, é uma forma de fortalecimento diário.

O câncer de Iolanda foi curado. Atualmente, ela faz somente acompanhamento. Ela atua como voluntária no IMAMA, ajudando outras mulheres a enfrentar a batalha, sua história é uma verdadeira inspiração para todas as pessoas.

15 de outubro de 2018

Beth Freitas

17/08/2017 – Para celebrar os 11 anos de atuação, a FEMAMA criou um vídeo com cinco batalhadoras. A história de IolandaKlaic já foi contada aqui e agora é a vez de outra mulher de muita força, Elizabeth Garcia de Freitas, de 64 anos. Há 14 anos, Elizabeth decidiu investigar o que significava o...
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15 de outubro de 2018

Beth Freitas

17/08/2017 – Para celebrar os 11 anos de atuação, a FEMAMA criou um vídeo com cinco batalhadoras. A história de IolandaKlaic já foi contada aqui e agora é a vez de outra mulher de muita força, Elizabeth Garcia de Freitas, de 64 anos.

Há 14 anos, Elizabeth decidiu investigar o que significava o líquido que apareceu no seu mamilo. Inicialmente, os médicos pensavam se tratar de uma infecção devido aos sintomas apresentados. Após realizar a mamografia, ela demorou oito meses para conseguir que um mastologista avaliasse o resultado do exame. A longa espera pela assistência gratuita em Canoas agravou o seu estado. Então, foi necessária a vinda até a emergência de um hospital da capital gaúcha para que o tratamento iniciasse imediatamente. Na ocasião, foi preciso realizar a mastectomia com a retirada completa da mama. Após, a radioterapia e a quimio complementaram o tratamento.

Devido a rapidez dos fatos, Elizabeth não conseguiu nem avaliar a dimensão do que estava acontecendo. Finalizando a cirurgia emergencial, o médico explicou tudo que aconteceria passo a passo, em um diálogo paciencioso, que auxiliou imensamente na compreensão dos próximos passos e na aceitação da realidade. Em seguida, ela decidiu raspar os cabelos, assumindo com protagonismo a batalha. Quis fazer isso para não sofrer com a queda gradativa,colocou em sua cabeça que ela queria viver e o cabelo não faria nenhuma diferença “o cabelo volta, minha vida não”. No mesmo mês, houve a oportunidade de atuar como voluntária no Hospital Femina e auxiliar outras mulheres que estavam vivenciando o quadro. Até hoje, ela realiza esse trabalho com muita satisfação. Além disso, também é voluntária no Instituto do Câncer Infantil.

Na caminhada pela sobrevivência, sua filha deu muita força para ela seguir em frente, assumiu além do papel de filha o de amiga e também um pouco de mãe. Mas o marido na época questionava sua aparência e acabou ocorrendo a separação. Ela deixou bem claro “quem quiser ficar comigo,vai ficar como eu estou me aceitando”. Elizabeth contou que não adiantaria nada fazer a vontade de uma outra pessoa, se ela mesma estava se sentindo mal e acredita que isso foi fundamental para que não desenvolvesse um estado depressivo.

Depois de mais de uma década da descoberta, no início desse ano, Elizabeth recebeu um novo diagnóstico, o câncer retornou e está nos ossos. A guerreira enfrenta uma nova batalha, dessa vez, sem perder os cabelos, pois está participando de um grupo de pesquisa com outras terapias.Mas ela reforça: “se cair não faz diferença, o que eu quero é ficar mais um tempinho aqui”. O seu recado para quem enfrenta é “decida viver pelo tempo que for”.

15 de outubro de 2018

Mara Tavares

Foi no mês de junho de 2016 que eu descobri um carcinoma invasor grau 2 do tipo lobular na mama direita. Descobri que o câncer de mama tem nome e sobrenome e, antes de acontecer comigo, pensava que todos os cânceres eram iguais e que também era uma sentença de morte. O pior momento dessa etapa de vi...
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15 de outubro de 2018

Mara Tavares

Foi no mês de junho de 2016 que eu descobri um carcinoma invasor grau 2 do tipo lobular na mama direita. Descobri que o câncer de mama tem nome e sobrenome e, antes de acontecer comigo, pensava que todos os cânceres eram iguais e que também era uma sentença de morte.

O pior momento dessa etapa de vida foi sem dúvida o diagnóstico. Receber uma notícia dessas deixa a gente sem chão; por uns instantes passou um filme na minha cabeça de tudo que eu tinha vivido, os meus filhos, meu marido e todas as coisas que eu gostaria de viver e realizar.

Como assim? Estou com câncer, e agora? Após o susto, respirei fundo e falei para mim mesma: tenho que ser forte e aceitar esse desafio, pois somente assim terei a tranquilidade necessária para seguir com o tratamento e vencer essa batalha!

Segui com meu tratamento e tentei levar minha vida o mais normal possível. Passei por dias difíceis e alguns não tão difíceis assim. Graças a Deus descobri o câncer de mama em estágio inicial, fiz uma cirurgia conservadora (quadrantectomia), 4 ciclos de quimioterapia, 30 sessões de radioterapia e farei uso do tamoxifeno por 5 anos.

Hoje dou mais valor na vida, nas pessoas que me cercam e na minha família. Também vejo a vida com outros olhos, não fico mais aborrecida por qualquer coisa e tento levar a vida com mais leveza. O câncer mudou minha maneira de ser e de pensar, porém sinto que mudei para melhor.

Se eu pudesse dar um conselho para as pessoas que receberam o diagnóstico de um câncer, seria: siga em frente, não desista, pois o tratamento tem dia e hora para terminar, existe uma linha de chegada dessa maratona esperando por todas e a vitória é certa!

15 de outubro de 2018

Dania Garcia

Meu nome é Dania Garcia, tenho 50 anos e estou em tratamento desde 2014. Vou contar uma história diferente. Em 2012 sofri um acidente de trabalho que causou uma lesão neurológica permanente na minha mão direita me excluindo de um trabalho voluntário que amava fazer: educadora. Senti que podia ser út...
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15 de outubro de 2018

Dania Garcia

Meu nome é Dania Garcia, tenho 50 anos e estou em tratamento desde 2014. Vou contar uma história diferente. Em 2012 sofri um acidente de trabalho que causou uma lesão neurológica permanente na minha mão direita me excluindo de um trabalho voluntário que amava fazer: educadora.

Senti que podia ser útil, então busquei na minha experiência profissional como auxiliar de enfermagem a resposta. Comecei a compartilhar tudo sobre câncer de mama, falar com amigas e colegas de trabalho da importância do autoexame.

Então em janeiro de 2014 descobri, realizando autoexame, que estava com câncer. Tive inversão do mamilo esquerdo. Procurei imediatamente uma ginecologista e fiz todos os exames que só confirmaram o que eu já sabia. Não houve lágrimas nem desespero. Somente uma pergunta: Ainda tem jeito?

Quadrantectomia, esvaziamento axilar, quimioterapia, radioterapia, hormonioterapia, fígado detonado, espessamento do endométrio, novos nódulos no pulmão… Sem medo!

Passei a dar palestras sobre o assunto em postos de saúde, faculdades, academias e em todo lugar onde sou chamada. Moro numa cidade do interior paulista, Araraquara. Família aqui só meu marido, filhos e netos. Experiência familiar? Nenhuma. Por isso me juntei a outras mulheres e resolvemos ajudar outras iniciantes do tratamento.

Hoje, sou a responsável pelo grupo Chá de Vida, um grupo de apoio. Temos uma sede na Avenida Jorge Haddad, 450 no Jardim Paulistano na cidade de Araraquara.

Nesse local existe um bazar e com a renda compramos perucas, lenços e turbantes para doar para amigas em tratamento. Também arrecadamos alimentos e cabelos para doação.

Um trabalho de formiguinha que já rendeu muitos frutos de cura! Nosso lema é “O sorriso pode vencer o câncer!” Todos os dias converso com mulheres que estão iniciando o tratamento. Sou mulher, mãe, avó e, principalmente, guerreira, e como tal, não desisto nunca!

15 de outubro de 2018

Ana Paula Cellane

23/10/2017 – Sou Ana Paula, tenho 38 anos, moro em Americana (SP). Sou mãe de dois filhos, Julia de 12 anos e o Pedro de sete anos. Esposa do Renato, meu amado companheiro na batalha. Descobri que estava com câncer de mama em novembro de 2016. O susto foi muito grande, fiquei sem chão, quando...
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15 de outubro de 2018

Ana Paula Cellane

23/10/2017 – Sou Ana Paula, tenho 38 anos, moro em Americana (SP). Sou mãe de dois filhos, Julia de 12 anos e o Pedro de sete anos. Esposa do Renato, meu amado companheiro na batalha.

Descobri que estava com câncer de mama em novembro de 2016. O susto foi muito grande, fiquei sem chão, quando o médico me explicou o tipo do câncer, foi mais um susto, câncer de mama triplo negativo, o mais raro e mais agressivo.

Confiei em Deus, levantei a cabeça, e com toda minha fé enfrentei tudo, sempre com alegria no meu coração, alegria que vinha do céu. Até para raspar a cabeça foi divertido, deixei meus filhos brincarem de cabeleireiro e fizemos uma bagunça, foi um momento de muita risada.

Não podemos escolher se teremos câncer ou não, mas podemos escolher a maneira como vamos enfrenta-lo. Eu escolhi enfrentar sempre com um sorriso, brincando quando possível. Essa atitude ajudou muito a mim e minha família.

Hoje faz um mês e um dia [em 13/10/2017] que terminei o protocolo de tratamento. Foram cirurgia, quatro sessões de quimioterapia, 31 injeções para imunidade e 33 sessões de radioterapia.

Minha vida começa voltar ao normal, mas muitas coisas mudaram, principalmente dentro de mim, lição que levarei até o final da vida. Foi uma experiência dolorosa, mas com grandes aprendizados. Não podemos desanimar, temos que levantar a cabeça, enfrentar com todas as forças e principalmente muita fé em Deus, pois é Ele quem me sustentou!

15 de outubro de 2018

Patrícia Gil

25/10/2017 – Meu nome é Patricia Gil e fui diagnosticada com câncer de mama em maio de 2015 aos 39 anos. Quem descobriu a alteração em meu seio foi meu marido, uma retração no seio esquerdo na parte inferior. Sem acreditar que poderia ser algo grave, não quis buscar ajuda médica e infelizmente...
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11 de outubro de 2018

Patrícia Gil

25/10/2017 – Meu nome é Patricia Gil e fui diagnosticada com câncer de mama em maio de 2015 aos 39 anos. Quem descobriu a alteração em meu seio foi meu marido, uma retração no seio esquerdo na parte inferior. Sem acreditar que poderia ser algo grave, não quis buscar ajuda médica e infelizmente a hipótese de ser um câncer, jamais passou pela minha cabeça.

Passado algum tempo a retração aumentou e aí eu comecei a entender que realmente aquilo estava estranho. Fui ao meu médico, que examinou meus seios e não encontrou nenhum tumor. Disse que poderia ser alguma atrofia no ducto mamário, mas que seria mais seguro fazer uma mamografia. Mais uma vez, depois de ouvir um pré-diagnóstico, acreditei que não era nada, e pasmem! Não fui fazer a mamografia.

Passados mais três meses, a retração avançou mais um pouco. Então comecei a ficar com medo e, enfim, fiz a mamografia. Em uma semana chegou o resultado, confirmado por biópsia quinze dias depois o diagnóstico mais assustador de tudo que já tinha vivido antes: carcinoma ductal Invasivo grau 1. Meu inimigo tinha nome e sobrenome e sim, ele estava lá! Toda história da minha vida desde a infância se passou pela minha cabeça em segundos e a pergunta: Como assim? Eu vou morrer?

Depois de um pequeno período, onde vivi um misto de sentimentos, de medo, revolta, luto e reclusão, iniciei um processo de aceitação e entendi que ninguém poderia fazer por mim o que só eu faria. Lutar! Seguir em frente. Após o décimo terceiro dia de quimioterapia, meus cabelos começaram a cair em tufos. Chorei muito, mais do que quando descobri a doença.

Decidi que todos em nossa casa participariam do “ritual” para a batalha. Quando as crianças chegaram em casa, entreguei nas mãos de cada um uma tesoura e em clima de festa, pedi que cortassem meus cabelos. Eu precisava incluí-los neste acontecimento, eles precisavam entender tudo aquilo e nada mais justo do que participar deste momento. Tomei um banho e diante do espelho disse para mim: Agora chega! Você já chorou, já sofreu, mas agora acabou! Você tem um câncer para vencer!

Funcionou! Vesti-me com as armas que tinha, fiz cirurgia, no meu caso quadrantectomia e esvaziamento axilar, quimioterapia (8) e radioterapia (33). Mesmo vivendo os difíceis efeitos colaterais eu continuei meu dia a dia, continuei trabalhando, fazendo minha faculdade, cuidando da casa e da família. Meu marido foi um superparceiro!

Eu precisava reagir, eu devia isso a mim, por toda a minha vida e por todos que me amam. E olha que bom! Descobri que não ia morrer! Após tratamento fiquei curada! Apenas acompanhamento e tamoxifeno uma vez por dia durante cinco anos (apesar do médico me dizer que serão mais cinco, ou seja, 10 anos no total), mas já me considero totalmente curada!

Durante o tratamento algo surpreendente me aconteceu! Fui convidada para estrelar a campanha #Fortalizese, no ano de 2016, me senti muito feliz e valorizada. Principalmente por poder representar tantas mulheres que estavam passando pelo mesmo que eu.

Em outubro do mesmo ano, fui convidada pela Marcelle Medeiros, presidente Voluntária da Fundação Laço Rosa, para ser uma Embaixadora da Fundação em Minas Gerais. Apesar de ser carioca, moro em Poços de Caldas há 14 anos e em agosto de 2017, inauguramos o núcleo da Fundação aqui na cidade. Sinto-me muito feliz e orgulhosa de poder fazer um pouquinho pela Fundação. Tento apoiar e acolher as pacientes com um trabalho de elevação da autoestima. Nosso núcleo vem ganhando proporção em toda região e já temos oito voluntárias trabalhando junto conosco pela causa.

Quero agradecer a oportunidade de contar a minha história e quem sabe encorajar tantas outras pacientes. Adoro o trabalho da FEMAMA e acompanho sempre!

11 de outubro de 2018

Taline Libanio

26/10/2017 – Meu nome é Taline. Tenho 33 anos e sou a prova viva de que o câncer não escolhe idade, sexo, raça ou classe social. Minha família é “herdeira” de uma mutação genética no gene BRCA1 e no final de 2015, com 31 anos, descobri que também era acometida pela mutação e que ti...
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1 de outubro de 2018

Taline Libanio

26/10/2017 – Meu nome é Taline. Tenho 33 anos e sou a prova viva de que o câncer não escolhe idade, sexo, raça ou classe social. Minha família é “herdeira” de uma mutação genética no gene BRCA1 e no final de 2015, com 31 anos, descobri que também era acometida pela mutação e que tinha 87% de chances de desenvolver o câncer de mama até meus 35 anos.

Tomei então, a decisão mais difícil da minha vida e optei por uma cirurgia profilática. Deixei para trás o sonho de amamentar, fui criticada por muitas pessoas, e para prevenir a doença realizei uma mastectomia bilateral com reconstrução imediata. Mas 20 dias após minha cirurgia, em janeiro de 2016, recebi a notícia de que a biópsia realizada nas mamas havia identificado um tumor invasivo e muito agressivo na mama esquerda.

Precisei passar por mais quatro cirurgias depois disso, foram cinco drenos, dezenas de picadas e centenas de comprimidos. Foi necessário o esvaziamento axilar do lado esquerdo e a retirada da prótese. Fiquei por um ano e dois meses sem minha mama.

Em março deste ano fiz minha última cirurgia para essa reconstrução. Hoje, estou de alta, curada com a graça de Deus! Depois disso tudo, posso assegurar que renasci. Aprendi com o câncer a dar mais valor nas pessoas que me amam, nas coisas simples e essenciais da vida e a nunca desistir. Venci o câncer e ganhei uma nova vida, mais cheia de coragem, mais feliz!

1 de outubro de 2018

Salete Rosa

21/05/2018 – Olá,meu nome é Salete, e quero dar um depoimento pra ajudar as mulheres que estão passando pelo problema do câncer. Tive câncer de mama e há cinco anos estou curada. Na hora, a gente se desespera, acha que tudo vai acabar, mas não é bem assim. Eu participei muito da Casa de Apoio...
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1 de outubro de 2018

Salete Rosa

21/05/2018 – Olá,meu nome é Salete, e quero dar um depoimento pra ajudar as mulheres que estão passando pelo problema do câncer. Tive câncer de mama e há cinco anos estou curada. Na hora, a gente se desespera, acha que tudo vai acabar, mas não é bem assim. Eu participei muito da Casa de Apoio Gama, de Pato Branco, a Marlene e a Mari, na época, me deram bastante apoio, foram na minha casa e me convidar pra ir à ONG. Eu comecei a participar e foi muito bom, porque na hora a gente precisa de muita ajuda das pessoas, uma palavra amiga vale por muito, muito, muito. Os meus médicos também foram muito meus amigos, foram umas pessoas que me ajudaram bastante, e mais elas da Casa, então, pra mim foi tudo de bom. Graças a Deus já fez cinco anos, eu estou curada, estou bem.

Agente passa por muito, eu passei por trinta radioterapias e sete quimioterapias. É difícil? É difícil, a gente passa mal; nossa, eu passava muito mal, mas tudo passa. Hoje estou aqui bem, graças a Deus. Na época meu cabelo caiu, chorei um monte por causa do cabelo, mas hoje eu não choraria mais, porque acho que é só bobeira da gente, mas, fazer o que, na hora a gente pensa assim, né. Aí meu cabelo cresceu, eu cortei, e hoje estou aqui no Gama pra fazer a doação do cabelo, e estou feliz. É só isso que tenho pra dizer, que agradeço a todos que me ajudaram. Obrigada!

1 de outubro de 2018