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Câncer de mama durante a gestação

É pouco comum o câncer de mama se manifestar durante a gestação, mas existem casos em que o diagnóstico ocorre neste momento tão importante da vida da mulher. Somente 3% dos casos de câncer de mama foram diagnosticados durante a gravidez ou até um ano após o nascimento da criança. No entanto, a preocupação permanece, pois, esses números vêm aumentando a cada ano. Na contemporaneidade, as mulheres têm adiado cada vez mais o momento da gravidez e a idade média de mulheres que decidem ter seu primeiro filho chega aos 35 anos. Esta pode ser uma das razões pelas quais há o aumento de diagnósticos de câncer de mama durante a gestação, que não está relacionado à gravidez, mas sim à idade – uma vez que o risco da doença aumenta à medida que envelhecem – e a outros fatores de risco.

Certamente, este não é um período fácil para a mulher receber uma notícia como esta, justamente por isso, é preciso enfatizar a importância de realizar o acompanhamento criterioso juntamente como oncologista, ginecologista e obstetra a fim de manter a rotina de exames médicos em dia. Rotina esta que precisa incluir também exames nas mamas durante o período de gestação. Os sintomas para o câncer de mama em mulheres grávidas são os mesmos existentes em pacientes não-grávidas, portanto, ao notar qualquer alteração na mama o mais indicado é procurar um médico e solicitar os exames de mama.

O maior problema para a realização correta do diagnóstico ocorre porque durante a gravidez e o período de aleitamento materno, as mamas sofrem modificações quanto à densidade, tamanho e forma. Essas mudanças, naturais na mulher gestante, dificultam a detecção de tumores. Para esse momento a ecografia mamária é a mais indicada, uma vez que exames de ultrassom não podem ser aplicados, pois podem prejudicar o bebê. Na mamografia, um avental de chumbo deve ser utilizado para proteger a barriga da gestante e também é opção.

O diagnóstico precoce desempenha um papel muito importante, pois durante o período de pré-natal os médicos podem acompanhar a saúde da mulher de uma forma mais apurada. Além disso, se o câncer for diagnosticado durante a gestação, é possível avaliar a melhor forma de realizar o tratamento sem causar danos ao desenvolvimento do feto.

Não há dúvidas de que, para as mulheres que descobriram o câncer de mama durante o período de gestação, a maior preocupação seja referente à saúde do bebê e as complicações que o tratamento pode trazer. De fato, a avaliação individual de cada caso, bem como o acompanhamento médico é muito importante, pois somente ele poderá determinar os procedimentos específicos de tratamento que serão adotados. Durante os primeiros três meses de gestação, não poderão ser aplicadas sessões de quimioterapia pelo risco de aborto e a radioterapia não deve ser aplicada em nenhum momento da gravidez, sob risco de prejudicar o feto. No entanto, isso não significa que não há possibilidade de tratamento. Nessas situações, o médico pode vir a indicar a mastectomia (cirurgia de retirada da mama) como alternativa, sendo esta inofensiva ao bebê.

O que a mulher precisa fazer neste momento é informar-se bastante a respeito da doença, pois há uma série de mitos que servem apenas para atemorizar e em nada ajudam na sua recuperação. Não há nenhuma evidência de que o câncer de mama possa afetar o desenvolvimento normal do bebê e o câncer também não pode ser passado a criança. O tratamento com quimioterapia e radioterapia poderá ser iniciado logo após o nascimento da criança, e as chances de cura são elevadas quando o câncer é diagnosticado precocemente. A amamentação, provavelmente, será suspensa pelo médico.

Não há estudos suficientes que digam quanto tempo de espera depois da cura do câncer de mama é suficiente para se engravidar de forma segura. O que sabe é que mulheres que estão realizando acompanhamento com tamoxifeno não devem engravidar durante todo o período de uso do remédio, sob risco de má formação do feto. Mulheres que tem tumor receptor de estrógeno positivo também são aconselhadas a não mais engravidar.

Em qualquer etapa da vida, o diagnóstico precoce é fundamental, e durante a gravidez o cuidado com as mamas não pode ser esquecido. Qualquer alteração notada deve ser informada ao obstetra ou ao ginecologista. Cuide-se sempre. Proteja quem você ama.

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