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Infertilidade e câncer de mama: conhecendo alternativas

Após receber o diagnóstico de câncer de mama, toda paciente tem muitas dúvidas a respeito dos tratamentos e das suas consequências. E uma das inquietações mais frequentes é descobrir se a possibilidade de engravidar será comprometida. Para esclarecer esse ponto, é preciso considerar uma série de fatores: o tipo de tratamento, a idade da paciente e o estágio do tumor.

A fertilidade das mulheres em idade reprodutiva pode ser afetada por alguns dos tratamentos oncológicos. Geralmente, tratamentos que incluem quimioterapia podem induzir à amenorreia (ausência de menstruação) e à infertilidade e oferece o risco de causar menopausa precoce em 40% a 80% dos casos.

Alguns tipos de hormonioterapia, como a gosserrelina, também causam amenorreia (reversível), mas, quando aliadas a quimioterapia, podem melhorar as chances de uma gravidez ao término do tratamento. No entanto, se o tratamento exigir apenas cirurgia e radioterapia, dificilmente a paciente terá sua fertilidade afetada.

Em relação ao estágio do tumor, é importante considerar que, quanto mais precocemente for realizado diagnóstico do câncer de mama, maiores serão as chances de cura e menos invasivos os tratamentos, logo, as chances de ter a saúde reprodutiva afetada são menores. Nos casos em que a doença se encontra em estágio avançado, outras terapias hormonais, como a quimioterapia sistêmica se fazem necessárias, dessa forma pode haver comprometimento em relação à saúde reprodutiva da mulher.

No que se refere à idade, observa-se que as mulheres, de modo geral, têm adiado cada vez mais a maternidade e conforme a idade avança, as taxas de fertilidade diminuem. Ao mesmo tempo em que, quanto mais se retarda a gravidez mais segura ela é do ponto de vista oncológico, pior ela é do ponto de vista obstétrico.

É muito importante conversar com o médico a respeito dos seus desejos, incluindo a vontade de ser mãe. Com um diálogo franco e aberto, ele poderá buscar o tratamento mais adequado para o caso, testando alternativas que não prejudiquem seus planos para o futuro, ou, até mesmo, indicar outras possibilidades para preservar a fertilidade, como a criopreservação (congelamento de óvulos), por exemplo. A técnica de criopreservação consiste em captar, resfriar e armazenar os óvulos em nitrogênio líquido por tempo indeterminado. Quando a mulher estiver apta para engravidar, os óvulos serão descongelados e fecundados em laboratório, posteriormente, os embriões são transferidos para o útero da futura mãe.

Mesmo as mulheres que permanecem férteis após a exposição a quimioterapia são aconselhadas a esperar pelo menos dois anos antes de planejar a gravidez, pois há um risco de recorrência tumoral neste período.

Não é necessário abandonar nenhum sonho e nem perder as esperanças em relação ao futuro, pelo contrário, a medicina tem buscado alternativas para melhorar os tratamentos diminuindo os riscos e efeitos colaterais.

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