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O que é radioterapia?

Quando o assunto é câncer, existem muitos tipos de tratamentos que são indicados dependendo do tipo e tamanho do tumor. Ao longo do processo, é normal que apareçam dúvidas a respeito da forma como esses tratamentos agem no organismo, de que maneira são aplicados, quais são os seus benefícios e também efeitos colaterais. O Dr. Ricardo Caponero, oncologista e presidente do Conselho Técnico Científico da FEMAMA, esclarece algumas questões frequentes a respeito da radioterapia. Confira:

O que é tratamento por radioterapia?

A radioterapia é um tipo de tratamento que utiliza radiações especiais para causar danos nas células malignas, causando a destruição das mesmas.

Quantos tipos de radioterapia existem?

Existem vários tipos, que podem ser calculados de diferentes formas: em função da distância (braquiterapia ou teleterapia), do tempo de aplicação (alta-dose ou baixa-dose), do tipo de radiação (fótons, elétrons, prótons, etc.), da forma de planejamento (conformada, 4D, dinâmica, intraoperatória, etc). Cada um desses tipos tem indicações específicas e devem ser orientadas pelo médico.

Ela pode ser administrada junto com outros tratamentos?

Sim, é comum a associação com quimioterapia, como no câncer de reto, anal, de colo uterino, de pulmão, etc. Ou com a imunoterapia, como nos casos de câncer de cabeça e pescoço.

Como saber se ela é indicada para o meu caso?

Só há um jeito de saber: conversando com o médico oncologista, que estabeleceu o plano de tratamento ou consultando diretamente um radio-oncologista.

A radioterapia pode prejudicar minhas células normais?

Sim. Infelizmente não é um tratamento específico. O planejamento da radioterapia consiste, exatamente, em definir o volume que será irradiado, poupando ao máximo o tecido normal, denominado “áreas de restrição”.

A radioterapia é mais eficiente que a quimioterapia?

São métodos diferentes e, muitas vezes, complementares. A radioterapia é um tratamento localizado, ao passo que a quimioterapia é um tratamento sistêmico (que engloba o corpo todo).

Se eu fizer radioterapia terei que fazer quimioterapia também?

Não obrigatoriamente. Embora essa seja uma possibilidade, alguns pacientes podem receber radioterapia isolada ou como complemento de uma cirurgia. Tudo depende do planejamento de tratamento para cada caso.

Quanto tempo demora a radioterapia?

Cada aplicação costuma ser muito rápida, durando de dois a cinco minutos, mas, geralmente é realizada mais de uma aplicação, em planos de tratamento que duram algumas semanas. Em alguns casos, a aplicação de dose única ou intraoperatória, podem ser utilizadas.

Quais são os efeitos colaterais da radioterapia?

Eles são variáveis de acordo com a dose total administrada, da fração aplicada por dia, do tempo de tratamento, do volume de tecido irradiado e dos órgãos envolvidos. Os efeitos podem ser muito leves ou severos, conforme esses fatores.

Eu posso me intoxicar com a radioterapia?

Não. O tratamento é local e as doses são cuidadosamente calculadas.

Meu cabelo vai cair?

Somente se a radioterapia for feita envolvendo o couro cabeludo, como nos tumores cerebrais.

Ela pode comprometer a fertilidade?

Somente nos casos em que se irradia as regiões gonadais (testículos ou ovários).

Existe algum tipo de restrição alimentar durante o tratamento por radioterapia?

Não há nenhuma restrição alimentar.

Existe algum tipo de restrição as atividades diárias durante o tratamento?

Deve-se evitar a exposição solar na pele irradiada, pois isso aumenta os riscos de lesões de pele.

Nas pacientes que irradiam a região pélvica (como nos tumores de colo uterino) podem ser necessários alguns cuidados com a vagina para que se possa manter a atividade sexual.

Como saber se ela está fazendo efeito?

Se houver tumor presente, pela redução do tumor. Se for feito um tratamento pós-operatório, para eliminar células da borda de onde estava o tumor, geralmente focos microscópicos, não há como avaliar a eficácia. Nesses casos, só o tempo dirá se houve resposta ou não.

Eu posso pedir a interrupção do tratamento se estiver passando mal com os efeitos da radioterapia?

Sim, esse é um direito do paciente. No entanto, antes de uma decisão radical como essa, é muito importante conversar com o oncologista clínico ou com o radio-oncologista. Como o efeito biológico é dependente de uma relação entre tempo, dose e fração, adiamentos inesperados das aplicações podem interferir consideravelmente nos resultados.

A radioterapia cura o câncer?

Em muitos casos, ajuda a curar. Raramente, a radioterapia é usada isoladamente, e nem sempre a cura é possível, mesmo com o uso de todas as armas terapêuticas disponíveis.

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