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Tipos de tratamento para câncer de mama

Existem diversos tipos de tratamento indicados para combater o câncer de mama. O plano terapêutico adotado deverá ser definido pelo médico mediante a análise de todos os exames realizados e pelos dados fornecidos pelo médico patologista, após a realização da biópsia.

À paciente cabe informar-se sobre as melhores possibilidades de tratamento existentes para o seu caso, mesmo aquelas que não estão ao alcance da cobertura do plano de saúde ou que não acessíveis gratuitamente via SUS. É direito da paciente questionar e discutir com o médico sobre todas as opções e sobre seus interesses. Em casos de dificuldades no acesso, uma possibilidade de o paciente viabilizar o tratamento na justiça, se for realmente necessário.

Há tratamentos mais invasivos e com maiores efeitos colaterais e outros menos agressivos, tudo irá depender do estágio da doença, do tipo de câncer e do aparecimento de metástase ou não. Embora possam existir opções, nem sempre se pode oferecer a opção mais cômoda para a paciente.

Conheça os tratamentos mais comuns para o câncer de mama:

– Hormonioterapia: 

Alguns tipos de câncer de mama são estimulados por hormônios sexuais femininos. A terapia endócrina (hormonioterapia) consiste em impedir a atuação dos hormônios sobre os receptores, quando estes estão presentes nas células tumorais. 

Existem diversas modalidades de terapia endócrina, que vão desde a retirada dos ovários (em mulheres na fase pré-menopausa) até a administração de medicações orais ou injetáveis. É possível combinar mais de um tipo de terapia endócrina. 

Os efeitos colaterais mais importantes são decorrentes da supressão da ação dos hormônios nas células alvo normais. Não é indicado para todos os casos e tipos de câncer, só para os casos em que há a expressão de receptores do estrógeno e/ou progesterona.

– Quimioterapia: 

Este tipo de terapia consiste na aplicação de remédios por via intravenosa (ou, eventualmente, via oral) que tem a função de impedir o crescimento desordenado das células anormais, eliminando-as. 

O tratamento por quimioterapia varia conforme o tipo do tumor, idade do paciente, e características hormonais de desenvolvimento da doença. A quimioterapia pode durar de quatro a seis meses quando é administrada como prevenção da recidiva (reaparecimento da doença após sua cura) após a cirurgia, e é administrada sem limite de tempo quando há metástases. 

É possível mudar entre os diversos tipos de quimioterapia ao longo do tratamento. Esse tipo de tratamento costuma ter mais efeitos colaterais que outros tipos de terapias.

– Radioterapia: 

Este tratamento é geralmente indicado para mulheres que realizaram a retirada cirúrgica do tumor. O tratamento utiliza a radiação ionizante aplicada diretamente no local onde se localizava o tumor a fim de eliminar ou impedir a propagação das células que formam o câncer. O procedimento é simples e dura alguns minutos por aplicação. 

São necessárias mais de uma aplicação. O número exato e a periodicidade são variáveis para cada situação clínica. O planejamento é feito pelo radio-oncologista. Algumas vezes utiliza-se da radioterapia como auxiliar no tratamento de metástases, principalmente as ósseas e as cerebrais. Por ser um tratamento localizado, os efeitos colaterais restringem-se ao volume irradiado, com alguns efeitos sistêmicos mínimos, como a fadiga, por exemplo.

– Cirurgia: 

A cirurgia para remoção dos tumores das mamas tem por objetivo a retirada do tumor primário e, eventualmente, dos linfonodos axilares, quando isso se faz necessário. O objetivo da cirurgia é que as margens de ressecção estejam livres de doença. Dessa forma, a extensão da cirurgia vai depender da região afetada e do tamanho do tumor a ser retirado e do volume das mamas. 

A quadrantectomia (mastectomia parcial) retira apenas as partes da mama em que há presença de tumor, preservando boa parte dos tecidos saudáveis, e a cirurgia de mastectomia radical modificada, consiste na retirada total do seio. 

Quando há indicação para realização de mastectomia, que é a retirada total da mama que possui o câncer, é possível realizar a reconstrução mamária com implantes ou tecidos orgânicos (rotação de retalhos) para devolver a estética da mama à mulher. A cirurgia é o padrão de tratamento, e sua indicação só é questionável (mas não improvável) na presença de metástases. 

Normalmente a cirurgia pode ser associada a outros tratamentos pré ou pós-operatórios, exceto nos casos de tumores muito pequenos ou tipos de tumor muito favoráveis.

– Terapia-alvo:

A terapia-alvo, também chamada de tratamento de precisão, corresponde a um tratamento personalizado de acordo com o tipo de câncer da paciente. Essa recente alternativa apresenta maior eficácia e menos efeitos colaterais, pois age especificamente na proteína que atinge as células cancerosas, causando danos menores nas células saudáveis em comparação com medicamentos convencionais. A terapia-alvo age com o objetivo de inibir a ação das células cancerosas e reduzir o crescimento tumoral.

Para indicar a terapia-alvo mais precisa, o médico deve identificar os tipos de proteínas que as células cancerosas apresentam, os tipos de mutações e suas extensões. Nos casos de câncer de mama, também é necessário saber, por meio de biópsia, se as células cancerosas apresentam receptores hormonais e o receptor HER2. É importante que a paciente se informe com o seu médico para ter ciência da classificação correta da doença e saber se já existe terapia-alvo específica para o seu tipo de câncer.

 

*Este conteúdo foi revisado e validado pelo oncologista Dr. Ricardo Caponero, presidente do Conselho Técnico-Científico da FEMAMA.

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