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#MeTrateDireito: Carmen Zotz Herkenhoff

Carmen Zotz Herkenhoff é bióloga, tem 61 anos, e é uma das três personagens da campanha Outubro Rosa FEMAMA 2019, que tem como mote #MeTrateDireito: para cada paciente um tratamento. Conheça a história dela:

“Em 2004, meu marido faleceu devido a um câncer de intestino. Sou gaúcha, mas morava em Curitiba naquele tempo. Com a morte dele, resolvi voltar para Porto Alegre com meu filho, na época com quatro anos. Três mesesdepois da minha chegada, ao fazer exames de rotina, a ginecologista detectou um nódulo no meu seio. Fui encaminhada para exames específicos, precisei fazer duas biópsias até obter o diagnóstico certo: dois tipos de câncer, um ductal e um infiltrativo. Eu tinha 46 anos na época e foi o pior momento da minha vida – só conseguia pensar na morte. Mas eu tinha um filho pequeno e precisava fazer tudo por mim e por ele. A gente tem dois caminhos nessa hora: ou se entregar ou enfrentar – escolhi o segundo.

Fui atrás de um médico especialista na área, integrante do Núcleo da Mama do Hospital Moinhos de Vento (RS) e comecei a fazer o que era preciso. Do diagnóstico à cirurgia não demorou muito tempo, uma vez que eu possuía convênio médico. Passei por cirurgia, na qual foi retirado um quadrante da mama (não precisei fazer mastectomia, uma vez que o tumor era pequeno – 8 mm – e a doença não afetou os linfonodos), três sessões de quimioterapia e 35 sessões de radioterapia. Essa fase não foi fácil, pois eu trabalhava como bióloga e tinha uma rotina intensa, além de um filho pequeno que precisava de mim. Não parei minha vida durante o tratamento.

Nos dias das sessões de quimio, eu sentia náuseas, mas nada complicado e ia trabalhar normalmente. Mas dois dias depois eu passava mal e ficava em casa. E assim segui durante cerca de seis a sete meses. Já com o início da radioterapia eu me sentia bastante cansada, tinha muito sono e, então, pedi uma licença do trabalho. Foram 35 sessões diárias! Nesse meio tempo, outras coisas complicadas aconteceram: meu pai faleceu naquele ano; no ano seguinte, perdi minha mãe e, logo depois, o meu irmão. O meu tratamento total durou cerca de 10 meses. Depois, passei a fazer uso do bloqueador hormonal durante cinco ano.

Trabalhar me ajudou a ocupar a mente com outros pensamentos e também contei com apoio psicológico para enfrentar tudo isso. Até hoje sou acompanhada pelo mesmo médico e faço exames anuais. Também passei por uma reconstrução mamária logo após me aposentar. O câncer, como muitos dizem, é realmente um divisor de águas. Antes de enfrentá-lo eu dava importância para certas coisas pequenas, hoje não mais. Procuro fazer o que gosto, aproveitar mais os pequenos momentos da vida.

Desde maio do ano passado (2018) eu sou voluntária do Instituto da Mama do Rio Grande do Sul (IMAMA) – eu sempre quis fazer um trabalho desse tipo e agora que me aposentei, consigo me dedicar a esse ideal. Quando eu comecei, toquei um projeto de resgate de algumas voluntárias afastadas, também passei pela recepção e hoje me capacitei para dar palestras em escolas, comunidades e igrejas. O meu objetivo é difundir informação e salvar vidas”.

 

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