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#MeTrateDireito: Patrícia Kauer

Patrícia Kauer é advogada, tem 47 anos, e é uma das três personagens da campanha Outubro Rosa FEMAMA 2019, que tem como mote #MeTrateDireito: para cada paciente um tratamento. Conheça a história dela:

“Eu descobri o câncer de mama em exames de rotina, em 2017. Logo a médica me alertou e pediu a biópsia. Naquele momento, eu fiquei bem preocupada, não esperava aquela notícia, afinal eu não tinha sentido nada diferente em mim. Minha mãe tinha tido câncer de mama dois anos antes e, desde então, eu estava mais alerta, mas não sentia uma preocupação além dos limites.

Como o câncer da minha mãe foi diagnosticado bem no início, o tratamento foi tranquilo, sem radio ou quimioterapia. Passamos por aquela fase sem grandes dificuldades. Porém, quando eu recebi o diagnóstico, tudo foi diferente. O meu tumor já estava maior e tinha outras características. Eu fiquei bem assustada e minha maior preocupação foi com os meus filhos, na época, com 9 e 12 anos.

Ainda hoje, para quem não tem muita informação, receber uma notícia dessas ainda é como uma sentença de morte. Porém, eu tive um atendimento muito bom no Hospital Moinhos de Vento (RS), a minha médica tinha uma equipe multidisciplinar que me abraçou e me transmitiu segurança. Era como se eles me dissessem, ‘o problema agora é nosso’.

Fui orientada pelos especialistas a não esconder nada dos meus filhos. Eu precisa me expor para que eles percebessem que eu era mãe, mas que tinha minhas angústias. Quando eu e meu marido contamos, choramos todos juntos, mas também nos fortalecemos. Eu venci por eles e com eles! Com o passar dos dias, fui tomando conhecimento de alguns detalhes, como saber que o tumor não era tão grande quanto eu imaginava e que existia tratamento, assim eu fui me sentindo mais tranquila.

Logo foi marcada minha cirurgia e precisei fazer mastectomia. Sai do centro cirúrgico com um expansor e cerca de seis meses depois eu fiz a cirurgia para colocação de prótese e assimetria da mama. Tudo foi rápido porque eu não precisei fazer nem radio e nem quimioterapia – descobri o tumor no dia 18 de agosto, dia 11 de setembro eu fiz a cirurgia e em outubro eu já estava bem.

Tudo passou, mas deixou marcas (boas) que me fizeram crescer. Hoje, eu desenvolvo um trabalho voluntário no Instituto da Mama do Rio Grande do Sul (IMAMA). Lá eu aprendi muito sobre a doença e também conheci outras mulheres que estavam passando (ou passaram) pela mesma experiência.

Convivo com públicos de todos os tipos e sei como é importante levar informação e mostrar a necessidade da luta pelo acesso a um tratamento bom, ágil e adequado. Entendo que nem todas contam com o apoio familiar e de amigos que eu tive. Mas eu creio que temos a nossa responsabilidade e não devemos consideração a quem não se importa ou acha que não precisa nos ajudar.

Procure ONGs, hospitais e outras instituições onde é possível encontrar profissionais e pessoas que passaram pela mesma situação – nesses locais certamente se obtém apoio e carinho. O mais importante é se informar para lidar com o lado prático e com nossos sentimentos. Às vezes, mesmo encontrando apoio em casa, nem todos estão na mesma sintonia – aquele momento é muito seu e trocar vivências com pessoas que passaram pela mesma situação permite uma maior compreensão de si e dos fatos.”

 

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