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A mortalidade do câncer pode diminuir em Porto Alegre

Um estudo da Sociedade Americana de Câncer, de janeiro, mostra que a doença ainda é um grave problema de saúde pública nos Estados Unidos. As projeções são de quase 2 milhões de novos casos para 2021. A boa notícia é que os dados mostram uma diminuição de um terço na taxa de mortalidade nos EUA desde 1990 – 3 milhões de pessoas deixaram de morrer. Nos últimos cinco últimos anos, a queda foi recorde. E qual a fórmula para isso?

Conforme a entidade, ao menos 40% dos casos podem ser prevenidos, principalmente aqueles ligados ao tabagismo e ao excesso de peso, consumo de álcool e sedentarismo. Desenvolvemos vacinas e tratamentos contra o HPV, hepatites B e C e Helicobacter pylori – agentes associados a alguns tumores. Não se expor ao sol de forma excessiva ajuda muito. O rastreamento pode prevenir o câncer colorretal e de colo do útero. O diagnóstico precoce ajuda a diminuir a mortalidade do câncer de mama, de intestino, reto, pulmão (nos fumantes pesados) e da próstata. Isto significa que pessoas saudáveis podem diminuir seu risco com exames de rotina. O progresso na luta contra os tumores passa também por acesso a novos métodos de tratamento, como a aplicação de testes moleculares e da imunoterapia do câncer. 

No Brasil, ainda não é possível traçar um cenário tão otimista. Precisamos ter dados mais confiáveis e a implementação de programas de informação, rastreamento, diagnóstico precoce e redução do tempo para o início dos tratamentos. Porto Alegre é uma cidade-desafio do City Cancer Challenge 2025 – iniciativa extraordinária da União Internacional de Controle do Câncer para reduzir a mortalidade. Estamos mobilizando todos os segmentos da saúde no enfrentamento da doença. Um diagnóstico do câncer na cidade foi elaborado e um plano de ação já está estabelecido.

Num ano de pandemia, as dificuldades aumentaram pelo medo de procurar os seriços de saúde e pela diminuição da oferta de assistência. Mas o câncer não espera. A informação está disponível e as atitudes individuais contam. As vacinas para a covid-19 estão chegando e a vida pós-pandemia tem de começar a ser planejada. A mortalidade do câncer pode, também, diminuir em nossa Capital. 

 

Por: SÉRGIO ROITHMANN, CHEFE DO SERVIÇO DE ONCOLOGIA DO HOSPITAL MOINHOS DE VENTO

Zero Hora, 08/02/2021

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