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Artigo: O desafio da Cobertura Mais Universal em Saúde no Brasil/Dezembro 2019

Nesse 12 de dezembro, em todo o mundo, milhares de pessoas se mobilizam no Dia da Cobertura Universal de Saúde. Esta é uma data para reunir esforços pela implementação de sistemas de saúde que possibilitem a todas as pessoas o acesso sem que lhes incorram comprometimentos financeiros onerosos – uma demanda global encarda como prioridade máxima para o desenvolvimento sustentável pela Organização das Nações Unidas (ONU). Todos os anos, mais de 1 bilhão de pessoas, ao redor do mundo, não podem arcar com o custeio de médicos, remédios ou cuidados essenciais sem se colocarem em situação econômica de risco.

Aqui no Brasil, nossa constituição assegura o acesso gratuito à saúde como um direito fundamental, o que não quer dizer que não tenhamos grandes dificuldades. O Sistema Único de Saúde (SUS), seus trabalhadores e usuários convivem cotidianamente com falta de recursos, gestão ineficiente e carência de políticas públicas eficazes de médio e longo prazo. No âmbito da oncologia a situação é ainda mais grave apesar de constantes esforços de grupos médicos e de profissionais da saúde em vários hospitais que atendem câncer no país inteiro.

A gestão do paciente com suspeita ou com o diagnóstico de câncer precisa ser reestruturada dentro de uma perspectiva universal de cobertura. A jornada desse tipo de doença precisa ser repensada, desde a prevenção nos tipos de câncer como colo uterino até os cuidados de suporte do paciente que vive com a doença. O câncer é a segunda causa de morte no Brasil, podendo chegar em 2030 como a primeira causa de óbito. No aguardo da regulamentação da Lei dos 30 dias, sancionada dia 30 de outubro pelo Presidente da República em exercício, Hamilton Mourão, o câncer tem que ser uma questão também de atenção primária. Dados do Tribunal de Contas da União (TCU) apontam que a espera por diagnósticos podem chegar a 200 dias – prazo longo o suficiente para a doença se desenvolver, atingir estágios mais avançados e, consequentemente, tratamentos mais agressivos, caros e com menor chance de sucesso. Num momento de importantes discussões sobre escassez de recursos públicos, aumento da parcela mais pobre da população com ainda menor qualidade de vida, o compromisso com o diagnóstico precoce e tratamento em até no máximo 60 dias dependem de vontade política e aumento de infraestrutura para coibir o desperdício do já sobrecarregado serviços de saúde e, o mais trágico, de vidas.

Aumentar o financiamento do SUS, um dos maiores exemplos de sistema de Cobertura Universal de Saúde é urgente. Precisamos, até 2030, garantir que funcione em todo seu potencial social, político e econômico. Nossos indicadores de mortalidade são altos em relação ao número de casos novos. A sociedade precisa se mobilizar para que a cobertura em saúde seja cada vez mais universal no Brasil, incluindo toda a cadeia de atenção aos pacientes com diagnóstico de câncer.

Conheça a campanha #SaúdeParaTodos: Mantenham a Promoessa em http://uhc.femama.org.br/ e participe. 

*Maira Caleffi é presidente voluntária da FEMAMA (Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama) e Chefe do Serviço de Mastologia do Hospital Moinhos de Vento e Líder do Comitê Executivo do C/Can Porto Alegre.



VEJA A REPERCUSSÃO NA MÍDIA:

Tribuna do Vale, 12/12/2019

Revista Circuito, 12/12/2019

Maxpress, 12/12/2019

Jornal Empresas & Negócios (online), 12/12/2019

– Jornal Empresas & Negócios (impresso), 12/12/2019

O Estado de Minas (online), 13/12/2019

– O Estado de Minas (impresso), 13/12/2019

O Tempo, 13/12/2019

Correio do Estado, 19/12/2019

Portal Fator Brasil, 29/12/2019

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