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Enfrentamento da COVID-19 no mundo

Identificada pela primeira vez no final de 2019 em Wuhan, na China, a doença respiratória COVID-19 é causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, e resulta em uma síndrome respiratória aguda. Hoje, já espalhada por diversos países, a doença impacta o cotidiano e a saúde além da economia global.

No meio de uma pandemia mundial, declarada pela OMS em março de 2020, já foram registradas mais de 278 mil mortes e 4 milhões de casos confirmados, as recomendações de isolamento e cuidados com a higiene se intensificam. Diversas plataformas de saúde e educação mudaram suas rotinas e buscam oferecer informação e orientação para a população. Diante de instruções para ficar em casa, como ficam os pacientes oncológicos que necessitam de tratamento?

Para pessoas com maior risco, como pacientes com câncer, os cuidados são fundamentais. Visto que alguns tipos de tratamentos podem enfraquecer o sistema imunológico e aumentar o risco de infecções se faz necessário acompanhar diretamente com o médico qual decisão deve ser tomada. Sob hipótese alguma os tratamentos devem ser interrompidos sem a devida análise e planejamento  médico!

Além de todos os cuidados já mencionados, existem algumas práticas fundamentais para pacientes oncológicos como: evitar os abraços, beijos e cumprimentos com as mãos; após qualquer contato com pessoas ou superfícies contaminadas, lavar as mãos com sabão ou usar álcool em gel; qualquer tipo de compromisso não essencial deve ser evitado; cuidar ao espirrar ou tossir, usando sempre o cotovelo como proteção do nariz e boca.

Com o mundo inteiro em estado de alerta, o que podemos aprender com as ações realizadas em outros países? 

Diversas organizações de enfrentamento ao câncer trazem conteúdos e compilado de recomendações de médicos especialistas. Também é possível encontrar canais de suporte online, por telefone e através de aplicativos.

A ONG FORCE (Facing Our Risk of Cancer Empowered), dos Estados Unidos, está promovendo orientações e conscientização a partir do fornecimento de informações e apoio à comunidade. A partir de conteúdos criados em parceria com a comunidade médica, disponibiliza diversos serviços:

Message Boards: plataforma de conexão entre pacientes de câncer hereditário e suas experiências e ferramenta para localizar médicos especialistas.

Helpline:  linha disponibilizada para suporte de dúvidas sobre câncer hereditário, após o primeiro contato, o paciente tem retorno em até 48h. As ligações são acolhidas por voluntários capacitados e estão disponíveis em inglês e espanhol.

Peer Navigation Program: o programa conecta sobreviventes de câncer, pessoas de alto risco e seus cuidadores a apoio e recursos personalizados para a sua situação.

Outreach:  são disponibilizados e-mails de contato de voluntários para cada estado (EUA e UK) que irão prestar suporte para pacientes com câncer de mama e ovário hereditário.

A Sociedade Americana de combate ao câncer – American Cancer Society, disponibiliza uma linha telefônica 24h e chat para auxílio nos cuidados ao COVID-19 do paciente oncológico.

Já na Suíça, a ESMO – Sociedade Europeia de Oncologia Médica divulga um conjunto de recomendações para mitigar os efeitos da pandemia no diagnóstico e tratamento de pacientes com câncer de mama, organizando os casos por níveis de prioridade. Sendo alta prioridade – quando o paciente possui risco de vida; média prioridade – situação do paciente não é crítica, mas o atraso de 6 semanas pode afetar potencialmente o resultado do tratamento e baixa prioridade – condição estável sem alteração de magnitude e sobrevivência.

A Apple também desenvolveu uma plataforma, em parceria com a CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos), com intuito de contribuir com  uma triagem a partir de perguntas sobre sintomas ofertando uma página de instruções para busca de atendimento local se necessário, ferramenta já disponibilizada em português no entanto ainda não possui orientações de locais de atendimento.

E o que está sendo feito no Brasil?

No país, as informações e direcionamentos são dados pelo Ministério da Saúde, que disponibiliza uma plataforma online e telefones de contato para instruções e cuidados. Também foi desenvolvido o Aplicativo Coronavírus (SUS), trazendo informativos de sintomas e prevenção, instruções em caso de suspeita e mapa indicando unidades de saúde próximas.

Apesar de todas as informações estarem atualizadas, não há orientação e esclarecimentos para dúvidas de pacientes com câncer. Na busca por respostas a FEMAMA começou no dia 27 de março primeiro contato com os canais disponibilizados pela prefeitura de Porto Alegre, Rio de Janeiro, São Paulo, Recife e governo dos respectivos Estados, além do Distrito Federal. Este contato foi retomado no dia 27 de abril e tivemos o registro de novas respostas (Vide quadro no final da matéria).

O obstáculo comum encontrado foi a dificuldade de localizar o canal correto para realizar as perguntas e até a demora para responder os questionamentos sobre as inseguranças do paciente com câncer. Diante deste cenário, os médicos e profissionais da saúde estão com a enorme responsabilidade de priorizar casos urgentes e, também, de tranquilizar pacientes em estágios menos agressivos ao informar que sua vida está segura, ainda que adie consultas ou exames. Para isso, espera-se uma organização uniforme das informações e de lideranças que estejam atentas e comprometidas em evitar o retrocesso no atendimento oncológico. 

“Temos que garantir os avanços conquistados nos últimos anos, resultado do diálogo contínuo entre as diferentes esferas do governo, sociedade civil e comunidade médica. Acreditamos que só por meio de uma rede intersetorial, com orientações federais claras baseadas em evidências científicas e adaptações locais, será possível gerenciar o impacto do coronavírus no sistema de saúde do Brasil e garantir a segurança da população” reforça a Dra. Maira Caleffi, presidente voluntária da FEMAMA e chefe do Serviço de Mastologia do Hospital Moinhos de Vento.

PESQUISA FEMAMA

As perguntas encaminhadas foram: 

1) Como um paciente de câncer, como sintomas da COVID-19 deve agir? O que deve e não deve fazer?

2) Como um paciente oncológico em tratamento pode evitar a contaminação pelo coronavírus, sabendo que sua imunidade fica baixa durante a quimioterapia e outros tratamentos?

3) Qual é a recomendação para pacientes oncológicos em relação a vacina para influenza/H1N1?

4) Quais os cuidados necessários que precisam tomar os cuidadores e familiares dos pacientes oncológicos?

femama-contato

 Fontes: Cancer.gov,  FORCE  (07/05/2020) e World Health Organization 

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